Quem acompanha as ações da AMOCanela sabe que a demanda pela recuperação das pedras de paralelepípedo das Ruas Cônego José Loreto e Dr Clemente Ferreira, ambas localizadas no Canela, é antiga.
Em 2020, após inúmeras solicitações, foi realizada uma intervenção e recuperado parte do calçamento que na semana seguinte já estava se desfazendo em alguns pontos. A Prefeitura sempre quis asfaltar, mas este não é o desejo dos moradores do entorno. Além disso, o asfaltamento não resolveria o problema e criaria outro, uma vez que eles não iriam retirar as pedras para colocar o asfalto, mas sim iriam colocar uma fina camada de asfalto em cima do paralelepípedo que além de continuar a ceder iria provocar novos buracos fruto da erosão das chuvas e do desgaste natural, como ocorre em diversas ruas na Cidade. Cenário de caos.

A Prefeitura de Salvador sabe qual é o problema e sabe como resolvê-lo, só não quer. Justificativa: orçamento. E agora: pandemia. Mas o assunto já vem sendo tratado pela AMOCanela desde 2016. Não tem desculpa. O que tem é falta de interesse.
É preciso realizar uma obra mais complexa, tratar o terreno abaixo das pedras que faz com que as pedras cedam com o peso dos veículos e a ação das chuvas.
Na semana passada, após mais insistência, e também com o suporte do Conselho Comunitário e Prefeitura-Bairro a SEMAN veio, mais uma vez, tentar remendar o problema. Desta vez, cavou, cavou e jogou a responsabilidade para a Embasa, dizendo haver uma tubulação de água/esgoto no local que precisava ser reparada. A Embasa veio fez o serviço e deixou o local com a obra inacabada. O buraco foi tapado, mas as pedras estão amontoadas e o espaço ainda interditado.
E agora quem vai assumir esse B.O.?